Santa Cruz do Rio Pardo é um município do estado de São Paulo. O município é formado pela sede e pelos distritos de Caporanga, Clarínia e Sodrélia.
A origem do município se dá por volta de 1850 quando José Theodoro de Souza e depois Joaquim Manuel de Andrade e Manoel Francisco Soares, sertanistas mineiros colonizaram o distante bairro de Santa Cruz, habitado pelos índio coroados. Uma cruz às margens do rio pardacento e iluminada à noite para espantar os índios daria origem ao nome do município.
Tornou-se Distrito em 1852, Município em 1866, Comarca em 1883 e, finalmente, Cidade em 1920.
Originariamente plantava milho e cereais, depois passou à criação de gado bovino e suíno e depois ao plantio de café algodão, alfafa e feijão de irrigação continuada - uma técnica introduzida por italianos por meio da observação do cultivo indígena.
Com a vinda da estrada de ferro Sorocabana transforma-se em grande exportadora de café, e na década de 40 a maior produtora de alfafa do Estado de São Paulo.
Nos anos 50 a agricultura, liderada pela cultura cafeeira, entra em decadência. A Estação da Estrada de Ferro Sorocabana é desativada na década de 60. Santa Cruz é, hoje, o 4º Polo calçadista do Estado de São Paulo; possuindo cerca de 32 fábricas de calçados, com produção diária de 25 mil pares. Por ano, isso significa uma produção de aproximadamente 5 milhões de pares.
O município possui também um Polo Cerealista, o maior beneficiador de arroz do estado de São Paulo. A produção corresponde a cerca de 25% do consumo de arroz do estado.
Apresenta números relevantes na plasticultura (cultura sob plástico). É a maior representante no estado de São Paulo, com setenta hectares de estufas de hortaliças e legumes. 66% dessa produção é destinada ao Ceagesp e 34% distribuído na região.[7][8]
Em 1934, durante o governo Vargas, alguns cidadãos de Santa Cruz do Rio Pardo começaram a organizar-se em torno do Partido Comunista Brasileiro, já quando esse estava na ilegalidade. Luis Carlos Prestes enviou teóricos como Antônio de Almeida Conceição e Theodoro de Castro para fornecerem subsídios ideológicos. Em 1935, a organização comunista da cidade compunha-se de quase 300 associados, dentre eles, camponeses, trabalhadores rurais e operários. Quando em 1935 ocorreu o levante Comunista - conhecido por intentona comunista - os associados tentaram se rebelar, e chegaram a tomar o paço municipal por 7 horas. No entanto, a manifestação foi sufocada, e os rebeldes não tiveram como reagir, pois não dispunham de armamento. A negociação foi pacífica, sem mortes ou feridos. A organização do partido foi desmontada e cerca de 22 pessoas foram presas, como atestam precários registros da época.[9]
Santa Cruz sempre se destacou no cultivo do arroz irrigado.[10] A produção de arroz é a principal atividade do município desde o princípio, mantendo-se até meados do século XX, quando iniciou a atividade canavieira extensiva – com técnica adquirida dos holandeses que aqui residiram, como Haward Hollenbark e Van der Hellyk II.[11] Mas a cidade continua até hoje a ser o principal polo arrozeiro do estado de São Paulo.
Sua população é estimada em 46.366 habitantes, segundo o IBGE, o que deixa o município, portanto, como o 141° mais populoso do estado. A sua extensão territorial é de 1 114,984 km² (Lista dos municípios de São Paulo por área), o que lhe confere a densidade demográfica de aproximadamente 37,9 hab/km² e ser o 26º maior município em área territorial do estado.
O município possui dois bairros urbanos localizados fora da cidade: Sodrélia e Caporanga.
Localizado à beira da Rodovia Vicinal Anísio Zacura, Sodrélia possui 200 habitantes e está a 11 km da cidade.
Localizado à beira da Rodovia João Baptista Cabral Rennó, Caporanga possui 830 habitantes e está a 28 km da cidade
Dados do Censo
População total: 47.395 (2018)